quarta-feira, 2 de março de 2011

Filho confessa ter matar os pais a facadas no ABC paulista

O jovem de 22 anos suspeito da morte dos pais em São Bernardo do Campo, no ABC, disse à polícia que não aguentava mais as cobranças para que ele trabalhasse. Segundo a polícia, ele confessou ter matado os pais a facadas na madrugada desta quarta-feira (2).
O motorista Marinaldo Pereira Martins, de 54 anos, foi esfaqueado quando saía do banho. A mãe, Lindinalva Maria Pereira Martins, de 47 anos, acabou morta tentando defender o marido. A polícia disse que, depois de matar os pais, o assassino comprou cerveja e escondeu as provas do crime. O jovem foi autuado em flagrante pelas mortes na Delegacia de Homicídios da cidade.
Jovem é suspeito da morte dos pais em São Bernardo do CampoO casal morreu por volta das 4h na casa da família, na Rua Eça de Queirós, Vila do Tanque. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o filho assumiu que matou os pais com a ajuda de um cúmplice. Os policiais estiveram na residência do segundo suspeito, mas ele havia fugido. No fundo da casa do homem, foram localizados objetos, joias e roupas ensanguentadas das vítimas.
Ao chegar à residência do casal durante a madrugada, a Polícia Militar localizou o motorista e a mulher mortos, com perfurações nos braços e no pescoço. A perícia verificou que a parte superior do sobrado estava revirada. O casal foi encontrado no térreo, onde havia paredes e móveis manchados de sangue, de acordo com o boletim de ocorrência.
Antes de ser apontado como suspeito, o filho disse à polícia que, ao chegar em casa, encontrou o portão trancado, mas a porta do imóvel entreaberta, e viu os pais caídos.

MAIS UM FATO QUE CHOCOU A SOCIEDADE BRASILEIRA AONDE VAMOS PARA COM TANTA VIOLENCIA

Lucro do Banco do Brasil sobe 41% no 1º tri, mas fica abaixo do Itaú

O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 2,35 bilhões no primeiro trimestre deste ano, com um crescimento de 41,2% no comparativo com igual período do ano passado, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira.
Crédito puxa expansão do lucro do Itaú Unibanco no 1º trimestre
Lucro do Bradesco sobe 22% e bate R$ 2,1 bilhões no 1º trimestre
Bradesco e BB compram participações em empresas do Santander
Com esse resultado, o Itaú Unibanco, que anunciou o resultado na semana passada (R$ 3,23 bilhões), continua então a ser o banco com o maior ganho da história entre as instituições financeiras brasileiras no intervalo de janeiro a março, de acordo com pesquisa da Economática. O BB aparece logo em seguida, ultrapassando o seu próprio desempenho nesse período em 2008 (veja lista abaixo).
A rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido do Banco do Brasil ficou em 28%.
Impulsionadas pelo crescimento do crédito, as receitas financeiras totalizaram R$ 18,6 bilhões nos três primeiros meses deste ano, com alta de 21,6% sobre o mesmo período de 2009. Desse total, as receitas com operações de crédito somaram R$ 12,5 bilhões, registrando expansão de 39,4%.
Os ativos do Banco do Brasil chegaram a R$ 724,9 bilhões em março, e a carteira de crédito totalizou R$ 305,6 bilhões, subindo 26,3% na comparação com o primeiro trimestre de 2009.
O crédito para consumidores teve expansão de 55,5% em 12 meses, atingindo R$ 95,1 bilhões. O montante representa 31,1% da carteira total, elevando a participação (25,3%) registrada no mesmo período do ano anterior. Reforçado pela parceria com o Votorantim, o financiamento para veículos cresceu 200,3% em um ano, para R$ 21 bilhões.
No segmento empresarial, a carteira de crédito teve expansão de 25,8% em 12 meses, totalizando R$ 128,1 bilhões, com destaque para os empréstimos para capital de giro.
Na média, a inadimplência, considerando atrasos superiores a 90 dias, atingiu 3,1% da carteira ao final do primeiro trimestre.
Veja os 10 maiores lucros do primeiro trimestre entre bancos brasileiros
Itaú Unibanco - R$ 3,234 bilhões (2010)
Banco do Brasil - R$ 2,351 bilhões (2010)
Banco do Brasil - R$ 2,347 bilhões (2008)
Banco do Brasil - R$ 2,343 bilhões (2006)
Bradesco - R$ 2,103 bilhões (2010)
Bradesco - R$ 2,102 bilhões (2008)
Itaú Unibanco - R$ 2.043 bilhões (2008)
Itaú Unibanco - R$ 2,015 bilhões (2009)
Itaú Unibanco - R$ 1,902 bilhões (2007)
Bradesco - R$ 1,723 bilhão (2009)


NOS PROXÍMOS POSTES DO DESEPENHO DOS BANCOS BRASILEIROS UM  ESPAÇO PARA CADA UM COM SEUS LUCROS E PERSPECTIVA PARA OS PROXIMOS ANOS.

Por que os bancos lucram tanto no Brasil

Em 11 de agosto de 1993, a revista Veja publicou reportagem de capa sobre como os bancos continuavam se dando bem enquanto o resto do país vivia uma gravíssima crise econômica.

De lá para cá, as principais instituições financeiras do país continuam registrando lucros altos, algumas com recordes Entenda como o setor vem reagindo às bruscas mudanças de ambiente econômico pelas quais o Brasil passou nos últimos anos.

O que dizia a reportagem de Veja:
Faz parte da tradição das grandes companhias comemorar os lucros e desculpar-se com os acionistas pelos prejuízos em seus balanços. Nos últimos dias, algumas das principais instituições financeiras do país divulgaram os resultados do primeiro semestre de 1993. Os ganhos são altos, mas os bancos pareciam meio constrangidos ao apresentá-los.

Como todo mundo, gostam de ganhar dinheiro, é óbvio. Mas quanto menos se falar no assunto melhor para eles. Entre janeiro e junho deste ano, o Bradesco, o maior banco privado brasileiro, teve um lucro de 161,6 milhões de dólares. É dinheiro gordo. O Itaú, o segundo da lista, acumulou um lucro de 125,7 milhões de dólares no primeiro semestre. Mergulhou numa piscina de dinheiro 35% mais cheia que a do primeiro semestre de 1992.

O Unibanco afagou 40,7 milhões neste ano, contra 29,9 milhões nos seis primeiros meses de 1992, sempre em dólares. É fascinante, espetacular, incrível. É um espanto como esses bancos conseguem ganhar dinheiro.

Como em todo lugar do mundo, os banqueiros nacionais ganham dinheiro cobrando juros. Na verdade, ganham com a diferença entre os juros que pagam e os juros que cobram. Com a inflação de 32% ao mês, eles exigem taxas muito mais elevadas que seus colegas estrangeiros devido ao risco de o capital ser pulverizado pela hiperinflação ou pela inadimplência de credores duvidosos, como o próprio governo federal.

Os estaduais, diga-se, são piores ainda. Assim, no governo Collor, os bancos chegaram a cobrar uma baba de dinheiro (40% de juros reais ao ano) pela compra de títulos públicos.

Para os bancos, aquilo que é a maior desgraça nacional – a inflação – transforma-se numa galinha dos ovos de ouro. Só a má-fé justificaria a afirmação de que os banqueiros, todos eles, torcem para que o Brasil vá mais para o abismo inflacionário, apenas para que seus lucros aumentem. Isso não impede que os bancos façam o possível para tirar o máximo – e tiram – de uma situação que não foi criada por eles. A rede bancária nacional passou por um emagrecimento nos meses seguintes ao confisco dos cruzados novos no Plano Collor, voltou a crescer e tem hoje quase o mesmo tamanho que o do início de 1990, quando a inflação chegou a 80% ao mês.


Os resultados dos bancos de 1993 até os dias de hoje:

Quando o Plano Real cortou a jugular da inflação em 1994, os analistas disseram que os bancos sofreriam para sobreviver com estabilidade financeira. Depois, previu-se que seriam engolidos pelos bancos estrangeiros, tidos como mais eficientes, modernos e adaptados à vida sem inflação.

Por último, alguns especialistas estimaram que o lucro dos bancos despencaria na mesma proporção que a taxa básica de juros definida pelo Banco Central. Os balanços dos grandes bancos do país, contudo, não refletiram essas previsões. Mais de uma década depois da publicação da reportagem de Veja, os bancos líderes do mercado formavam o setor da economia que mais rápida e eficientemente reagiu às bruscas mudanças de ambiente econômico pelas quais o Brasil passou. Mesmo com inflação relativamente baixa e eventuais cortes de juros, os lucros continuam quebrando recordes.

De fevereiro de 2003 até fevereiro de 2004, por exemplo, a Selic caiu 10 pontos porcentuais. Foi de 26,5% ao ano para 16,5%. Ela é alta em termos comparativos e quase exorbitante quando se extrai dela o item em que o Brasil é campeão mundial, o juro real. Mas, mesmo com a queda de 10 pontos na Selic, o lucro dos bancos cresceu no mesmo período. A comparação com os números de 1993 mostra o grau de crescimento dessas instituições: o Itaú, que lucrara 125,7 milhões de dólares no primeiro semestre daquele ano, fechou 2003 lucrando 3,1 bilhões de reais – cerca de 1 bilhão de dólares.

O Bradesco teve um lucro de 161,6 milhões de dólares na primeira metade de 1993; no balanço de 2003, contou 2,3 bilhões de reais de lucro. Os resultados são históricos quando não se leva em conta o efeito da inflação. Em um período de Selic declinante, o lucro do Bradesco aumentou 14% e o do Itaú, 32,6%.

Os dez maiores bancos instalados atualmente no Brasil tiveram um lucro superior a 1000% nos últimos dez anos. As instituições financeiras brasileiras sobreviviam basicamente de emprestar dinheiro ao governo na era da inflação. Agora que reencontraram a sua vocação real, de financiar o consumo e o investimento privado, descobriram que podem ganhar muito mais.

Essa fase de ouro ficou ainda mais evidente em 2008, momento em que os maiores bancos europeus e americanos sangraram com perdas bilionárias, resultado de apostas equivocadas no mercado hipotecário – o que resultou na crise financeira que chacoalhou o mundo até 2009. O Banco do Brasil alcançou em 2009 o melhor resultado de sua história, com um lucro de 10,148 bilhões de reais e crescimento de 15% em relação a 2008, seguido pelo Itaú Unibanco – gigante resultante da fusão em 2008 – com 10,067 bilhões de reais no mesmo ano. No início de 2011, o Bradesco anunciou ter registrado lucro de 10,022 bilhões de reais no ano passado – o terceiro maior da história dos bancos de capital aberto brasileiros.

BC volta a elevar Selic para conter inflação


Rio de Janeiro, 2 mar (EFE).- O Banco Central elevou nesta quarta-feira novamente a taxa básica de juros em 0,5%, até 11,75% ao ano, como ferramenta para frear a inflação, que nos últimos 12 meses acumulou sua maior alta em seis anos (6%).

O organismo emissor informou em comunicado que o aumento dos juros até o mesmo nível em que estava em março de 2009 foi aprovado de forma unânime pelos membros do Comitê de Política Monetária (Copom), após uma reunião de quatro horas.

É a segunda vez que o Banco Central eleva a Selic desde que a presidente Dilma Rousseff assumiu o poder, em 1º de janeiro.

Em reunião em 19 de janeiro, o organismo já tinha elevado os juros igualmente em 0,5%, também diante da preocupação de alta na inflação, que segue acelerada apesar da taxa de juros do Brasil já ser uma das maiores do mundo em termos reais.

O anúncio do aumento na taxa de juros, apesar de já ser esperado pelo mercado, foi recebido com críticas pelas associações empresariais e sindicais, que alegam que a medida desestimula o investimento produtivo e, consequentemente, a geração de emprego.

Os economistas dos bancos privados consultados pelo próprio Banco Central preveem que a autoridade monetária voltará a elevar os juros nas reuniões que o Copom terá em 20 de abril e 8 de junho, e que a taxa chegará a 12,5% ao ano.

O Banco Central considera que o forte crescimento da economia brasileira, que no ano passado foi perto de 7,5%, é o que vem pressionando a inflação, e já no final de 2010 tinha adotado medidas para desacelerar o consumo, entre elas um aumento do depósito compulsório.

A inflação brasileira acumulada nos últimos 12 meses até janeiro ficou em 6%, muito acima da meta de 4,5% que o Governo fixou para este ano.