terça-feira, 15 de março de 2011

Bombeiros encontram corpo de menino desaparecido durante temporal em Minas

Militares do Corpo de Bombeiros de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, Minas Gerais, encontraram um corpo no início da tarde desta terça-feira (15/3), que pode ser do menino de 11 anos levado por uma enxurrada durante um temporal que caiu na cidade na última sexta-feira.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o corpo, em avançado estado de decomposição, foi encontrado no Rio Doce, na cidade de Galiléia, a 70 quilômetros de Governador Valadares. A perícia foi acionada para fazer a identificação. As buscas estão suspensas até a confirmação, se é ou não o garoto Israel Nogueira da Silva.

O incidente com o garoto ocorreu na sexta-feira no Bairro Santo Antônio. Moradores afirmaram aos militares que ao ser arrastado pela força das águas, Israel foi sugado para dentro de um bueiro.

Se for confirmada a morte do menino, ele pode ser a 18ª pessoa a morrer por causa das chuvas em Minas. Desde novembro do ano passado, quando teve início o período chuvoso, 17 pessoas morreram em decorrência da chuva, conforme balanço da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec-MG).

A última morte foi registrada em janeiro deste ano, quando Jesus Barsanulfo da Silva, de 44 anos, foi arrastado pelas águas do Rio Cipó, em Jaboticatubas, região Central de Minas, durante uma tromba-d'água formada por um temporal.

PB: Agência do Banco do Brasil é interditada após idoso morrer na fila

O Procon estadual em parceria com o Ministério Público da Paraíba (MPPB) interditou por 48 horas a agência do Banco do Brasil do município de Cajazeiras, distante 461 km de João Pessoa. A ação aconteceu na manhã desta terça-feira, dia 15, após o Procon-PB flagrar a agência desrespeitando a lei municipal 1.233/99, que regulamento o tempo de atendimento nas filas bancárias.

De acordo com Klébia Ludgério, secretária executiva do Procon-PB, a interdição foi necessária uma vez que o desrespeito aos consumidores é constante na agência. “O Procon-PB recebeu desde 2008 várias denúncias de clientes que estavam passando várias horas nas filas, aguardando atendimento. O Banco do Brasil foi autuado e multado diversas vezes, tendo pago algumas multas e em outros casos não se preocupou sequer em apresentar defesa”, contou a secretária.

Ainda segundo ela a interdição vai durar 48 horas, prazo para que a gerência apresente um relatório, com medidas para solucionar o problema. “Os consumidores estão cansados do desrespeito e através de uma Ação Civil Pública, cobra atitude e para isso estamos aqui”, informou Klébia.

A ação do Procon-PB e do MPPB acontece neste dia 15 de março, data em que é comemorado o Dia Internacional do Consumidor e, de acordo com a secretária, operações como essa acontecerão durante todo o ano e em agências de todo o estado. “Iniciamos as ações em cajazeiras, pelo volume de denúncias apresentadas ao Procon-PB e também porque no dia 2 de março, um idoso faleceu após passar mais de 1 hora aguardando atendimento, mas em breve outras agências serão fiscalizadas e interditadas”, disse.

A lei municipal 1.233/99 em Cajazeiras estabelece o tempo de espera de 20 minutos em dias normais e de 30 minutos em dias de pagamento do funcionalismo público e em vésperas e pós-feriados. Caso o Banco do Brasil não apresente o relatório com medidas efetivas para solucionar o problema poderá ser multada em até R$ 3 milhões e agência pode ser fechava por até 10 dias.

A assessoria de comunicação do Banco do Brasil informou ao Portal O Norte Online que está acompanhando a ação na agência de Cajazeiras e que até o fim desta terça-feira, dia 15, vai emitir uma nota a todas as empresas de comunicação com maiores esclarecimentos sobre o caso.

Apertados pelas contas, Brasileiros sacrificam investimentos na poupança

Gastos com viagens, despesas escolares e impostos. O começo de ano do brasileiro é recheado de preocupações com diversas despesas. Para não entrar no vermelho nos primeiros meses, os consumidores juntam as economias com o objetivo de eliminar as dívidas. A caderneta de poupança, tradicional opção para quem quer proteger o patrimônio, é a principal vítima na hora da quitação dos débitos. Segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central, os brasileiros sacaram R$ 96,1 bilhões dessa modalidade de investimento em fevereiro e depositaram R$ 95,4 bilhões. O volume de retiradas não superava o de entradas desde abril de 2009 — a diferença ficou negativa em R$ 745 milhões.

No ano, a caderneta já perdeu R$ 470 milhões, pior resultado desde o primeiro bimestre de 2006. Mesmo com a desesperada tentativa de torrar ativos para equilibrar as contas, o número de trabalhadores pendurados não para de subir. Em janeiro de 2011, o endividamento do brasileiro no sistema financeiro foi de R$ 787 bilhões. No mesmo período de 2010, eram R$ 643,9 bilhões. Em um ano, o salto foi de R$ 143,1 bilhões. Para Júlio Santos, educador financeiro do Instituto DSOP, sacrificar as economias para sanar dívidas é aceitável, mas não atinge a raiz do problema. “O importante é que o consumidor faça uma reflexão sobre as prioridades de gastos. Não adianta limpar as reservas se não houver mudança de comportamento”, disse.

Na avaliação da economista Marianne Hanson, da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o endividamento está alto, mas o bom momento econômico facilita o pagamento dos compromissos. “O crescimento do emprego e da renda familiar permite a realização de mais empréstimos a longo prazo, mas que ainda cabem no bolso do consumidor”, explicou. “O nível de inadimplência é baixo. Tudo isso contribui para que as pessoas se sintam mais confiantes e tenham as dívidas sob controle, mesmo que, para isso, precisem gastar suas economias.”

Usar as reservas para pagar dívidas é uma forma de garantir a tranquilidade. No caso de Ana Paula Lima, 26 anos, professora de educação física e estudante de radiologia, o dinheiro retirado da poupança serve para garantir a permanência em Brasília, além de ajudar na preparação para o concurso de oficial da Marinha. “Peguei dinheiro da poupança para pagar a faculdade e o aluguel da minha casa. Gastei metade, mas vou poupar novamente, porque decidi não pular o carnaval, nem viajar nas férias”, disse.

No vermelho
O bancário Rodrigo Abraão, 23 anos, sacou economias para pagar roupas compradas no fim de ano. “Gastei mais da metade da minha poupança. Quase fiquei no vermelho. Agora, pretendo fazer novos investimentos”, disse. Abraão lamentou ter precisado gastar suas reservas. “O certo seria não ter tirado nenhum dinheiro, porque a poupança é segura, apesar de render pouco.”

A estagiária Noele Campos, 22 anos, economiza para concluir os estudos e entrar na carreira profissional com o pé direito. “Tenho poupança e raramente tiro algo de lá, porque não faço muitas despesas, já que moro com meus pais. Mas, às vezes, preciso sacar dinheiro para pagar viagens e livros”, afirmou. De acordo com a pesquisa de endividamento e inadimplência do consumidor, divulgada pela Fecomércio-SP, 53,8% dos consumidores paulistas estão encalacrados. Entre as dívidas mais comuns, estão as contas do cartão de crédito (68,3%), carnês (30,6%) e financiamentos de veículos (12,9%). Na semana passada, a CNC divulgou levantamento segundo o qual 65,3% dos brasileiros têm débitos.

A principal função da poupança, quando foi criada, era financiar projetos de habitação e de saneamento. Na década de 1970, muita gente aplicava todas as sobras na caderneta. Ainda hoje, a modalidade é considerada uma das mais seguras para a posterior aquisição de bens. O servidor público Bernardo Francisco de Moraes Neto, 48 anos, economiza para comprar um apartamento em Águas Claras. “Eu e a minha mulher economizamos para realizar esse sonho”, contou.