domingo, 15 de maio de 2011

Com direito a drama no fim, Peixe conquista o bi em cima do Timão

Foi dramático, como final normalmente é. Chuva fina, campo molhado, falhas de goleiros. Nervosismo, tensão e, finalmente, explosão. O Santos é bicampeão paulista. Um título histórico, o primeiro conquistado em uma decisão de fato na Vila Belmiro. E mais especial ainda para os santistas: em cima do Corinthians, o maior rival. A vitória por 2 a 1, neste domingo, deu ao Peixe seu 19º título estadual e confirmou a vocação vitoriosa da nova geração de Meninos da Vila, capitaneada por Neymar.


O primeiro tempo foi do Santos. Não por acaso, o time da casa abriu o placar aos 16 minutos, com Arouca. Ele mesmo, o volante que não marcava desde o dia 30 de outubro de 2008, quando garantiu a vitória do Fluminense sobre o Figueirense, por 1 a 0, no Campeonato Brasileiro. Durante a semana, o volante chegou a dizer que sonhava marcar seu primeiro gol com a camisa branca numa final de campeonato. Profecia realizada.

Ranking de títulos paulistas
Corinthians 26
Palmeiras 22
São Paulo 21
Santos 19

Antes desse gol, o Peixe já havia chegado perto aos sete minutos, em um chute cruzado de Léo. O Corinthians, embora tivesse mais a bola, tinha dificuldades para criar jogadas. Liedson, isolado, saía demais da área. Jorge Henrique e Dentinho mal foram vistos em campo, presas fáceis para a ótima marcação santista. Aos 20 minutos, preocupação para o Santos. Jonathan correu para fazer uma cobertura e sentiu uma fisgada na coxa direita. Foi substituído por Pará. O nível do time não caiu.

Adriano, leão de chácara da zaga praiana, não deixou Bruno César em paz. Ganhou todas as divididas e mostrou rapidez de raciocínio nas antecipações. Com isso, o Santos passou a criar muitas chances. Aos 34, Arouca acertou a trave com uma bomba de pé direito, aproveitando rebote numa cobrança de escanteio. Acuado, o Corinthians apelava para chutões em direção da área. Sem sucesso. Tanto que Rafael terminou o primeiro tempo sem praticar defesas difíceis.
A marcação santista era eficiente também porque Alan Patrick e Zé Eduardo voltavam para batalhar a bola, dando um refresco aos volantes. Neymar, mais à frente, driblava de um lado para o outro e dava bons passes, como o que acertou aos 39 para Alan Patrick. A bola veio por cima e o meia tentou completar de primeira. Mandou por cima do gol.

Na arquibancada, os torcedores do Santos empurravam o time criando um ambiente que misturava alegria e tensão. Os corintianos, em minoria, chegaram a se calar no momento do gol santista, mas passaram a cantar, empurrando o time para a virada. Era o Peixe, porém, quem estava mais perto do segundo.

Aos 43, Neymar apareceu livre pela esquerda. A zaga corintiana parou pedindo impedimento. A arbitragem mandou o lance seguir. O astro santista chegou de frente para Julio Cesar e não conseguiu concluir bem. Tentou um chute no vácuo, no estilo do palmeirense Valdivia, balançou o corpo, mas o camisa 1 do rival se manteve parado. Numa última tentativa, Neymar buscou o vão entre as pernas do corintiano, mas errou o alvo. A bola bateu no adversário e saiu.

Corinthians tenta apertar, mas Santos se segura


Novamente, o Corinthians passou a maior parte do tempo com a bola na etapa complementar. Rondou mais a área santista, trocou mais passes, mas tinha extrema dificuldade até para dominar a bola. Jorge Henrique não conseguia se aproximar de Liedson, que, sozinho, lutava no meio dos defensores santistas. A única chance mais clara para a equipe visitante saiu aos 14 minutos, quando Willian pegou rebote da zaga e emendou um tiro forte de direita. Rafael espalmou para a frente. Durval completou o corte.

O Santos, retraído, tentava encaixar um contra-ataque. Faltava, porém, alguém para acertar o passe final. Alan Patrick não conseguia dar sequência aos lances. Neymar, sozinho à frente, corria de um lado para o outro, só via a bola chegar pelo alto. Elano, que poderia armar, estava atuando como volante. Na única vez que o craque conseguiu dominar a bola, levou perigo. Ele recebeu pela esquerda e veio cortando para o meio. Rolou para Elano, que entrava livre. O chute, rasteiro e cruzado, foi para fora.

O jogo se tornava perigoso para o Santos. Preso demais lá atrás, a equipe de Muricy Ramalho apenas se segurava. A chuva apertou, o que deu uma maior carga de dramaticidade à partida.

À medida que o tempo passava, a pressão corintiana aumentava. O Timão se lançava inteiro para o ataque, abrindo enormes espaços para o Peixe revidar. Os atacantes do time da Baixada, porém, estavam extenuados. De repente, Neymar. Aos 38, ele recebeu pela esquerda, arrancou em velocidade. Mas, cansado, arrematou bem fraco. O chute, rasteiro e colocado, morreria fácil nas mãos de Julio Cesar. No entanto, o goleiro, em um lance de extrema infelicidade, deixou a bola escapar. Ela demorou eternos segundos para ultrapassar a linha, caprichosa, dramática, para fazer a Vila Belmiro explodir
A torcida santista já gritava "é campeão", mas o jogo ainda não havia acabado. Aos 41, foi a vez de Rafael falhar. O goleiro, que estava seis jogos sem sofrer gols, saiu mal e Morais aproveitou, diminuindo a vantagem santista. Não havia tempo para mais nada porém. O Alvinegro se segurou lá atrás e esperou o apito final para comemorar o título.


DADOS DA PARTIDA


SANTOS 2 X 1 CORINTHIANS
Rafael, Jonathan (Pará), Edu Dracena, Durval e Léo (Alex Sandro); Adriano, Arouca, Elano e Alan Patrick (Possebon); Neymar e Zé Eduardo. Julio Cesar, Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho (Ramires), Bruno César (Morais) e Jorge Henrique; Dentinho (Willian) e Liedson.
Técnico: Muricy Ramalho Técnico: Tite
Gols: Arouca, aos 16 minutos do primeiro tempo; Neymar, 38, Morais, 41 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Chicão, Fábio Santos, Liedson (Corinthians), Elano, Pará, Léo (Santos)
Local: Vila Belmiro. Data: 15/5/2011. Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira. Auxiliares: Luiz Flávio serão David Botelho Barbosa e Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo. Renda e público: R$ 745.610,00 público: 14.322


Banco do Brasil é o banco mais citado em redes sociais

A MITI Inteligência realizou um estudo inédito sobre a repercussão dos bancos brasileiros na internet. No período de 17 a 21 de janeiro, foram monitoradas as interações em redes sociais sobre as principais instituições financeiras do país: Banco do Brasil, Bradesco, HSBC, Itaú, Santander, Safra, Panamericano, Banco Real, Caixa Econômica Federal, Citibank e Banrisul.
Durante o monitoramento, a MITI capturou mais de 5 mil citações do Banco do Brasil, 22,8% do total. Em seguida, os mais mencionados foram HSBC e Bradesco, com pouco mais de quatro mil interações. Caixa Econômica Federal, Citibank e Banrisul foram os menos citados. “O Banco Real, quase um ano após a fase final de unificação com o Banco Santander, continua com um volume considerável de menções, 2,86% do total no período monitorado”, comenta Elizangela Grigoletti, gerente de inteligência e marketing da MITI Inteligência.
O banco Itaú – o maior banco do Brasil, segundo a revista Fortune – ficou em 4º lugar, 12,3% do total. “Apesar de sua presença forte nas divulgações em veículos de massa, percebemos uma atuação ainda tímida no Twitter e Facebook, o que pode influenciar no buzz online acerca da marca”, avalia Elizangela.
Apesar da colocação, o Itaú apresentou uma vantagem sobre os outros principais bancos brasileiros citados no ranking da Fortune, Bradesco e Banco Brasil. Entre as três instituições, o Itaú foi a que teve maior porcentagem de citações positivas: 11,31%, enquanto Bradesco e Banco do Brasil tiveram, respectivamente, 9.95% e 5,34% de menções positivas.
Reclamações
O monitoramento da MITI também capturou as interações em sites de reclamação (ReclameAqui, Reclamão e Denuncio), que, apenas no período do estudo, receberam mais de 150 denúncias. Sendo que as instituições mais reclamadas foram os três maiores bancos: Bradesco (35 ocorrências), Banco do Brasil (31) e Itaú (28).
Dados do site ReclameAqui – que contabiliza índice de respostas e soluções – mostra que o Banco do Brasil nunca respondeu a nenhum cliente por meio deste canal. Nos últimos 12 meses, a instituição foi citada em mais 1,7 mil reclamações.
Entre os bancos que respondem aos clientes pelo site, o Citibank respondeu a 90,9% das 242 reclamações em que foi citado nos últimos 12 meses. O Itaú respondeu a 64,7% das mais de 1,3 mil reclamações do último ano e tem a melhor aceitação do público: 92% voltaria a fazer negócios com a instituição.
No panorama geral sobre os três maiores bancos – Itaú, Bradesco e Banco do Brasil -, apenas 8,2% das citações nas mídias sociais tiveram tonalidade positiva. Em geral, os usuários compartilham a insatisfação com a burocracia dos processos, má qualidade de atendimento e valores elevados das tarifas. “Apesar de as menções positivas serem menos frequentes, observa-se que elas são mais intensas. O usuário faz questão de compartilhar nas redes quando o serviço supera suas expectativas”, afirma Elizangela.