quarta-feira, 13 de julho de 2011

Normalizado o trânsito nas RSs 153 e 418 Rodovias ficaram em meia pista até o fim da tarde devido a acidentes

Foi normalizado há pouco o fluxo de veículos das duas rodovias da região que estavam em meia pista devido a acidentes ocorridos ao longo do dia envolvendo caminhões. A informação é do Comando Rodoviário da Brigada Militar de Santa Cruz do Sul.


PUBLICADO ÀS 15h56
Duas rodovias do Vale do Rio Pardo estão em meia pista esta tarde em decorrência de acidentes envolvendo caminhões. De acordo com o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), tanto a RSC-153, em Herveiras, quanto a ERS-418, em Santa Cruz do Sul, devem ter o fluxo de veículos normalizado somente entre o fim da tarde e o começo da noite.

Por volta das 8h40 de hoje, um caminhão que seguia no sentido Soledade-Santa Cruz da RSC-153 ficou sem freio e tombou na altura do quilômetro 287, perto do trevo de acesso a Herveiras. O veículo, que transportava um contêiner de frango congelado, ficou sobre a pista. O motorista não se feriu.

Já por volta das 13 horas, um caminhão carregado com cerca de seis toneladas de farinha tombou em uma curva no quilômetro 1 da ERS-418, que liga o trevo do Fritz e Frida ao distrito de Monte Alverne, passando por Linha Santa Cruz. O acidente foi a poucos metros da entrada do aeroporto. O caminhão também ficou sobre a rodovia. Não houve feridos.

A vitamina que barra a anemia

Duas pesquisas nacionais levantam o moral da vitamina A: além de fazer bem à saúde da pele e dos olhos, ela é essencial no combate a essa doença do sangue

Basta falar de anemia que já se pensa em carência de ferro. "Afinal, as hemoglobinas, moléculas que transportam o oxigênio no sangue, são constituídas por ele", explica, logo de cara, Sandra Fátima Menosi Gualandro, professora de hematologia e hemoterapia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a USP. Portanto, sem o famoso mineral que participa do transporte de oxigênio, literalmente falta ar para as células trabalharem, o que costuma resultar em tonturas, abatimento e até palpitações. Entretanto, essa estrela não faz todo o seu show sozinha — muito longe disso.

Na Universidade de Brasília (UnB), a nutricionista Fabiani Beal observou que, em ratos, a ausência de vitamina A implica menos ferro no sangue. O trabalho é tão contundente que será publicado no British Journal of Clinical Nutrition, um dos principais periódicos científicos da área de nutrição. Durante o estudo, Fabiani constatou que a tal vitamina interfere em genes que ativam a produção de substâncias envolvidas no metabolismo do ferro. Só para citar um exemplo, privar-se da protagonista desta reportagem culmina em uma produção enorme do hormônio chamado hepsidina. "Quando há excesso dessa substância, o organismo entende que há pouco ferro disponível e, então, o retém nos tecidos, impedindo seu aproveitamento na corrente sanguínea", explica Fabiani. Traduzindo: a falta de vitamina A impede que o mineral seja bem utilizado, mesmo quando o cardápio está cheio dele.

"O paciente precisa investigar a verdadeira causa da anemia. Não adianta ficar suplementando a alimentação com ferro sem tratar outras eventuais deficiências nutricionais", alerta Fernanda Ribeiro Rosa, nutricionista da UnB que averiguou justamente os potenciais efeitos nocivos de uma carga elevada do mineral combinada com pouca vitamina A. A descoberta é preocupante: o quadro acima, em que o ferro vai se acumulando cada vez mais nos tecidos, resulta em um aumento no corpo de radicais livres, moléculas instáveis que aceleram o envelhecimento e contribuem, entre outras coisas, para o aparecimento de males como diabete e câncer.

Como não adianta encher o prato com fontes de ferro sem se preocupar em ingerir a quantidade correta de vitamina A, procure ter uma alimentação variada em todas as refeições. "As carências nutricionais quase sempre estão associadas entre si, ampliando e potencializando as consequências ruins de uma deficiência isolada", reforça o pedido Abykeyla Tosatti, nutricionista da Universidade Federal de São Paulo.

O consumo diário deve ser de 900 microgramas de vitamina A para os homens e de 700 para as mulheres. "É possível alcançar uma ingestão adequada com alimentos como fígado bovino e ovos", exemplifica o nutricionista Alexandre Rodrigues Lobo, pesquisador do Laboratório de Minerais em Alimentos e Nutrição da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. E, vale destacar, alimentos de origem animal costumam ser os campeões em concentração desse nutriente tão procurado.

Só que não dá para se valer do fígado e do ovo todo santo dia — principalmente se você é vegetariano ou se não aprecia o sabor dessas opções. A solução é, de novo, diversificar e apostar em vegetais como a cenoura, a abóbora, a manga, o damasco, o caqui e até as folhas verdeescuras. "Consumindo de cinco a oito porções de frutas, legumes e verduras por dia, você certamente atingirá os valores adequados", garante a nutricionista Fabiani Beal. Para potencializar a absorção da vitamina A desses vegetais, procure comê-los junto com uma pitada de gordura, de preferência insaturada — azeite na receita é sempre uma boa pedida para ajudar o organismo a aproveitá-la. E o melhor: a vitamina A não se perde durante o cozimento, o que amplia as opções do seu cardápio, não é mesmo?

A vitamina C também tem papel superimportante no combate à deficiência de ferro. Isso porque ajuda o intestino a, digamos, sorver melhor o mineral e, depois disso, enviá-lo para dentro das artérias. Por isso, é fundamental investir rotineiramente em alimentos ricos nesse nutriente no café da manhã, no almoço e no jantar. Quer uma prova de que isso não é nada complicado? Um suco de acerola, assim como uma laranja ou um caju, serve como ótimo complemento a qualquer hora do dia.

outro aliado contra a anemia: um carboidrato Novas pesquisas sugerem que o frutooligossacarídeo, ou FOS, uma espécie de carboidrato, mas que atua de forma semelhante a uma fibra, também abre as portas dos vasos para a entrada de ferro. "Ensaios no nosso laboratório mostram que o frutooligossacarídeo acelerou a recuperação da anemia em animais", destaca o nutricionista Alexandre Lobo. "Essa substância é encontrada na cebola, no alho e em raízes tuberosas", exemplifica.

Além disso, fique atento aos níveis de ácido fólico e de vitamina B12. Quando estão em falta, há um aumento do risco de um tipo de anemia que ganhou a alcunha de megaloblástica — e, nesse caso, o problema não tem relação direta com o ferro. Na realidade, doses baixas desses benfeitores afetam a saúde dos glóbulos vermelhos em si, também conhecidos como hemácias. "Na ausência desses nutrientes, essas células morrem depressa, sem dar tempo ao corpo de repô-las a contento", constata Fabiani Beal. E, como a hemoglobina vive dentro dos glóbulos vermelhos, o transporte de oxigênio fica comprometido.

Para evitar essa forma de anemia, abasteça a geladeira com abacate, aspargo, espinafre e feijão-preto, todos lotados de ácido fólico. E, no caso da B12, reserve um espaço ao fígado — de novo ele! —, assim como à batata e a farinhas fortificadas. Com a cozinha repleta de opções saudáveis como essas, dá para variar o menu consideravelmente, mantendo sempre o sangue em sua composição ideal.

Presídio ainda não será suficiente para suprir vagas

EUNÁPOLIS - Dados da Seap (Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia) revelam que o Estado opera com um déficit de 2.484 vagas para detentos, o que equivale a um preso e meio para cada vaga existente no sistema priosinal.

Ainda de acordo com os dados, o número de vagas subiu 13%, desde o início do atual governo, em 2006.

O número ainda pode ser maior, já que no estudo não foram somadas a quantidade de detentos em delegacias da capital e interior da Bahia.

Atualmente, a Seap administra 23 unidades prisionais, sendo 10 em Salvador e 13 no interior da Bahia.

A construção de novas penitenciárias no Estado, no entanto, como o presídio de Eunápolis, que teve sua inauguração adiada para 2012, ainda não será suficiente para suprir a quantidade de vagas necessárias.

Número de homicídios reduz 16% na Bahia

SALVADOR - O índice de homicídios diminuiu no primeiro semestre de 2011, numa comparação com o mesmo período do ano passado. A redução de 16% é o principal destaque no balanço do primeiro semestre elaborado pela Secretaria da Segurança Pública. Em Salvador, este índice apresentou queda de 13,5% e na Região Metropolitana, o decréscimo, para o mesmo tipo de crime, foi de 8,2%.

Principal objetivo do programa Pacto Pela Vida, a diminuição do número de homicídios no estado é decorrente das operações policiais, do combate ao tráfico de drogas, desarticulação de quadrilhas e prisão de traficantes, além da ampliação da estrutura de investigação dos crimes.

Capital e RMS também reduzem

Em 2010, foram registrados na Bahia, nos primeiros seis meses, 2.706 assassinatos contra 2.273 casos neste ano. Na capital, foram computados 793 homicídios no primeiro semestre, em contraste aos 917 registrados no mesmo período do ano passado. Na Região Metropolitana de Salvador, ocorreram 306 assassinatos em 2010, número reduzido para 208 nos seis primeiros meses de 2011.

O número de tentativas de homicídio na Bahia, neste mesmo período, apresentou um crescimento de 3,8%: 1.531 (2011) contra 1.474 (2010). Outro índice que seguiu a tendência de aumento foi o de latrocínio (roubo seguido de morte). Nos primeiros seis meses do ano foram registrados 51 casos, contra 61, no mesmo período de 2010, representando um crescimento de 19,6%.

Outros números

No quesito roubos, em todo o estado, os índices também apresentaram reduções nos primeiros seis meses deste ano: de 4% dos roubos de veículos (4.416 em 2010 e 4.240 em 2011); de 6,2% em estabelecimentos comerciais (2.058 em 2010 e 1.931 em 2011); de 1,1% em residências (704 em 2010 e 696 em 2011); e de 5% roubo a transeuntes (14.673 em 2010 e 13.935 em 2011), sempre comparando com o mesmo período do ano passado.

Ações

Com o lançamento do programa Pacto Pela Vida, grandes metas no âmbito da Segurança Pública já foram alcançadas, a exemplo da criação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a implantação da Base Comunitária de Segurança, na comunidade do Calabar, assegurando tranquilidade aos moradores da região.

No DHPP, seis delegacias dispõem de um efetivo de 120 policiais, especializados em solucionar crimes contra a vida, além de outros 110 profissionais de apoio. Já o policiamento comunitário, proposto e executado por policiais militares que integram a Base de Comunitária de Segurança do Calabar, garante uma nova realidade na localidade, que sofria com as recorrentes disputas de bandos por pontos de drogas.

Escolhido para abrigar a segunda base comunitária de segurança, o bairro do Nordeste de Amaralina passou a ter a presença constante do policiamento ostensivo. Em operação policial realizada no bairro foi desarticulada uma quadrilha de tráfico de drogas. No confronto com a polícia, Luiz Fernando da Anunciação da Cruz, “Camisinha”, um dos traficantes mais procurados da área terminou morto.

Na prevenção a crimes contra o patrimônio, o destaque é a criação da força-tarefa de Repressão a Assaltos Contra Instituições Financeiras. O grupo atua, principalmente, no interior do estado, combatendo crimes contra agências bancárias e transporte de valores e, desde o início da sua atuação, dez quadrilhas foram desarticuladas com 52 assaltantes, além da apreensão de grande quantidade de armamento pesado, como fuzis, metralhadoras e explosivos. Seis bases foram montadas nos municípios de Juazeiro, Itabuna, Vitória da Conquista, Itaberaba, Barreiras e Amargosa.

Prisões

Criado para estimular a denúncia de criminosos, através do disque-denúncia (3235-0000), o Baralho do Crime mostrou bons resultados, como ferramenta que permite à população o acesso, de forma prática e lúdica, à identidade dos bandidos mais procurados do Estado. Depois de lançado, a polícia baiana, numa operação conjunta com a paulista, capturou no estado de São Paulo quatro pessoas apontadas nas cartas, entre elas, Fagner Souza da Silva, o “Fal”, líder da organização criminosa “Comissão da Paz” e responsável pela conexão com a facção paulista Primeiro Comando da Capital – PCC. Outros três bandidos foram presos graças ao apoio da população, que passou a interagir ainda mais com a polícia baiana.

Dagoberto celebra recorde pessoal de gols numa temporada pelo Tricolor Atacante chega a 15 gols em 31 jogos neste ano. Em 2010, precisou de 17 partidas a mais para obter a mesma quantidade de gols

Com o gol marcado na vitória por 2 a 1 sobre o Cruzeiro, no último sábado, Dagoberto chegou a 15 na temporada e já igualou a melhor marca da carreira, alcançada no ano passado. Como ainda faltam 29 rodadas para o término do Campeonato Brasileiro, a expectativa do atacante é de bater com sobras seu próprio recorde.
Em 2010, os 15 gols foram alcançados em 48 partidas. Este ano, ele alcançou o feito em apenas 31 jogos. No total, são 54 gols em 215 partidas pelo São Paulo.
- Estou muito feliz por estar ajudando o São Paulo. É uma marca expressiva que alcancei e o grupo tem me ajudado muito. Contra o Cruzeiro, o Marlos me deixou tranquilo para fazer o gol e o Rivaldo entrou muito bem na equipe. Isso é uma conquista de todos - disse Dagoberto, em entrevista ao site oficial do clube.
Curiosamente, ele vivia um pequeno jejum de gols – não marcava desde 22 de maio, quando o São Paulo bateu o Fluminense por 2 a 0, na primeira rodada do Brasileirão.
Além da marca pessoal, Dagoberto comemorou o fato de o time ter quebrado a série negativa de três derrotas consecutivas. O próximo jogo será no domingo, em Porto Alegre, contra o Internacional, mesmo clube que mostrou interesse em seu futebol no mês passado.
- Foi um resultado muito bom (a vitória sobre o Cruzeiro). Precisávamos disso por tudo que estava acontecendo. Um clube grande como o São Paulo não pode ter três derrotas seguidas. Fizemos uma bela partida. Vamos procurar dar sequência e deixar o São Paulo onde ele merece estar. O clima está favorável – disse Dagoberto.

Restrições para fusão equivalem a 13% da receita da BRF Fusão Sadia-Perdigão foi aprovada nesta quarta-feira pelo Cade. Empresa terá que abrir mão de marcas e alienar fábricas.



O presidente da Brasil Foods (BRF), José Antonio Fay, afirmou nesta quarta-feira (13) que o conjunto de restrições impostas pelo acordo firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para aprovar a fusão entre Sadia e Perdigão terá um impacto de cerca de R$ 3 bilhões no faturamento anual da companhia, o que corresponde a 11,6% do volume da BRF e a 13,1% da receita operacional líquida da companhia no ano de 2010.
Apesar das restrições impostas, ele considerou "bom" o acordo. "Foi bom, um acordo razoável dentro do que a gente se propôs na negociação", afirmou Fay.
Segundo ele, o acordo atende as preocupações antitruste, protege os consumidores a abre espaço para mais um concorrente.
Ele também destacou que a companhia continuará atuando em todas as categorias e com a decisão do Cade a criação da BRF está consolidada. "Hoje é o dia em que encerramos a aquisição da Sadia", disse. "Sadia e perdigão são marcas, não são mais companhias", completo.
Sobre o valor de mercado dos bens e ativos que terão que ser vendidos, ele informou que a companhia irá iniciar agora o processo de avaliação para lançar concorrência para a aquisição do "negócio".
Questionado sobre alguma preferência sobre o futuro comprador, Fay disse que o importante é fazer o melhor negócio e que não há preferência por um comprador nacional ou estrangeiro. "Eu tenho uma grande preferência que é vender bem, para quem pagar mais".
O executivo ressaltou que o acordo firmado como Cade estabelece que a empresa que vier a adquirir os ativos que serão colocados à venda terpa que manter todos os empregados por pelo menos seis meses. "Não há nenhum tipo de ameaça para os nossos 115 mil funcionários", afirmou.
Aprovação
A fusão entre Sadia e Perdigão, que deu origem à Brasil Foods, foi aprovada nesta quarta-feira pelo Cade, depois que os conselheiros do órgão e representantes da empresa costuraram um acordo por meio do qual a BRF abre mão de marcas e ativos.
arte fusão Sadia e Perdigão (Foto: Editoria de Arte/G1)
O acordo
O ponto central do acordo – e principal exigência feita pelo Cade -, é a suspensão da venda de parte dos produtos Perdigão. Presunto, pernil, tender, linguiça e paio da marca vão ficar fora do mercado por três anos. Os salames, por quatro anos. Já pizzas, lasanhas e congelados Perdigão só voltam a ser vendidos no Brasil em cinco anos.
Sobre a suspensão da venda de diversos produtos da Perdigão, o presidente da BRF destacou que a marca continuará "presente em categorias importantes".

Além disso, a Batavo terá que suspender a venda, por quatro anos, de produtos derivados de carnes processadas, entre eles hambúrgueres e salsicha.
Pelas medidas impostas pelo acordo, a BRF terá que vender 12 marcas chamadas “de combate” (mais baratas, que costumam concorrer por preço): Rezende, Wilson, Patitas, Tekitos, Texas, Escolha Saudável, Light Elegant, Fiesta, Freski, Confiança, Doriana e Delicata.
O acordo prevê ainda a proibição de que a BRF lance novas marcas para substituir aquelas que estão sendo suspensas. Pelo acordo, não haverá qualquer restrição aos produtos da marca Sadia.
Alienação de fábricas
A BRF também fica obrigada a alienar cadeias completas de produção, desde abatedouros até fábricas e centros de distribuição. Este pacote inclui a venda de 10 fábricas de alimentos processados, 2 abatedouros de suínos, 2 abatedouros de aves, 4 fábricas de ração, 12 granjas de matrizes de frangos, 2 incubatórios de aves e 8 centros de distribuição. Todos os ativos dos quais a BRF terá que se desfazer devem ser vendidos a um único comprador, para que ele tenha escala para competir com a própria Brasil Foods.
De acordo com o conselheiro do Cade Ricardo Ruiz, as alienações equivalem à produção de 730 toneladas/ano de alimentos ou 80% da produção da Perdigão voltada ao mercado brasileiro. A decisão não afeta as exportações da BRF.
Ruiz apontou que as medidas aplicadas pelo Cade pretendem ser uma vacina contra concentrações econômicas da BRF em mercados "problemáticos" e visam dar a oportunidade de entrada de uma terceira empresa com condições de competir no setor e de ser uma verdadeira concorrente da BRF.
O conselheiro Carlos Ragazzo manteve seu voto contrário à fusão. Ele lembrou trecho de seu relatório que aponta que a tendência dos consumidores, com a ausência de produtos da Perdigão, é migrar para os da Sadia, e que a o acordo não garante competitividade no setor.
Na avaliação de Ragazzo, marcas como Batavo não têm condição de competir com a BRF e apenas a alienação da Perdigão seria capaz de tirar mercado da BRF e trazer competição para o setor.

Caixa-preta de avião que caiu no Recife é localizada Equipamento pode mostrar causas do acidente ocorrido nesta quarta-feira. Dados serão analisados por peritos do Cenipa.

As caixas-pretas da aeronave que caiu num terreno no Recife, na manhã desta quarta-feira (13), foram localizadas. A análise dos equipamentos, responsáveis pelo registro dos instrumentos do avião e da conversa entre os tripulantes, irá ajudar a compreender como aconteceu o acidente com o bimotor da empresa Noar Linhas Aéreas e que fazia a linha Recife/Mossoró (RN), com escala em Natal.
A leitura dos dados será realizada no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), desde que os materiais não estejam danificados. Os motores da aeronave, também retirados, serão encaminhados para o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP), para análise.
O comandante Ronald Fleming, diretor de segurança operacional da Team Linhas Aéreas, representante da fabricante LET no Brasil, afirmou que o avião bimotor LET-410 tem uma caixa-preta localizada na cauda da aeronave, região que foi menos prejudicada no acidente desta quarta-feira.
“Uma lei internacional estabelece que aviões que transportam passageiros precisam contar com uma caixa-preta. Nela, estão registrados todos os dados do voo, como posição dos comandos e gravação da conversa dos pilotos”, explicou Fleming.
Corpos de vítimas
O trabalho de resgate dos corpos durou aproximadamente duas horas e todos já foram encaminhados ao Instituto Médico Legal do Recife. O coordenador da Defesa Civil de Jaboatão, coronel Luiz Gonzaga Dutra, disse que o procedimento, a partir de agora, é o reconhecimento dos corpos pelas famílias, no IML. "O trabalho foi rápido, apesar da pequena dificuldade que tivemos por conta das ferragens, que prenderam alguns corpos", disse.
Veja a lista oficial com os nomes das vítimas:
1 - Rivaldo Paurílio Cardoso (piloto)
2 - Roberto Gonçalves, 55 anos (copiloto)
3 - Natan Braga
4 - Marcos Ely Soares de Araújo
5 - Carla Sueli Barbosa Moreira
6 - Bruno Albuquerque
7 - André Luis Pimenta Freitas
8 - Camila Suficiel Marino
9 - Ivanildo Martins dos Santos Filho
10 - Antônia Fernanda Jales
11- Débora Santos
12 - Marcelo Campelo
13 - Maria da Conceição de Oliveira
14 - Johnson do Nascimento Pontes
15 - Breno Faria
16 - Raul Farias
O acidente
O avião bimotor da empresa Noar Linhas Aéreas caiu ocorreu pouco antes das 7h. Ele decolou do aeroporto internacional do Recife com destino a Mossoró, no Rio Grande do Norte. Quatro minutos após a decolagem a aeronave com 16 pessoas a bordo caiu em um terreno perto da Avenida Boa Viagem. Bombeiros e Força Aérea Brasileira (FAB) comunicaram que não houve sobreviventes.
Familiares
No Recife, ainda pela manhã, familiares em busca de informações sobre vítimas foram encaminhados a um hotel para aguardar a divulgação da lista e o fornecimento de mais dados sobre o trabalho de resgate dos corpos. Até por volta das 13h, corpos de 12 das 16 vítimas tinham sido resgatados.
No Rio Grande do Norte, parentes de vítimas começaram a chegar ao aeroporto onde o avião faria escala por volta das 8h. Eles foram encaminhados ao auditório da Infraero e orientados a aguardar informações da empresa.
Sequência de contatos
Segundo a FAB, o piloto relatou pane logo após a decolagem. De acordo com dados do centro de controle do aeroporto, o piloto informou 55 segundos após a decolagem que o avião apresentava problemas. No relato à torre, ele disse que tentaria pousar ainda na cabeceira 36 da pista do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre, de onde partiu as 6h51. A intenção era fazer o pouso de emergência no sentido contrário ao da decolagem.
Dois minutos depois, às 6h53min57s, ele retomou o contato com os controladores de voo, dizendo, desta vez, que não chegaria à pista e que tentaria pousar na praia de Boa Viagem. O centro de controle do espaço aéreo de Recife perdeu totalmente o contato com o avião e ele sumiu da tela do radar às 6h54min18s, quatro minutos após a decolagem.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que a aeronave acidentada “estava com a manutenção em dia” e que não irá suspender os voos da empresa.

Sequência de contatos Entre Torre e Piloto