domingo, 20 de novembro de 2011

Semana de Moda: Celine mostra elegancia simples e altiva em Paris

A estilista britânica Phoebe Philo apresentou neste domingo, no sexto dia da Semana de Moda de Paris, uma nova coleção, bastante aplaudida, para a casa Celine, com peças de elegância simples e altiva, nas quais predominavam o branco, o vinho tinto e o verde esmeralda.
No desfile, foram vistos sobretudos com amplos cintos, seguidos por vestidos, de golas clássicas e mangas curtas dobradas, cortados à altura dos joelhos.
Blusas de popelina branca, algumas vezes plissadas, trazem frescura para o próximo verão, misturando às vezes um vermelho cor papoula.
Nota-se que Phoebe Philo gosta de trabalhar com couro, como a surpreendente saia plissada tricolor: creme, verde escuro e chocolate. Ou o corpete sem mangas no qual se misturam o verde oliva, esmeralda e preto com camurça cor de vinho.
Ela também propôs amplas calças brancas que terminam com detalhes em seda creme ou cobertas com musselina preta transparente. As camisas brancas são abertas em elegantes babados rígidos na cintura.
Christophe Lemaire, para sua segunda coleção com a casa Hermés, ofereceu cerca de trinta modelos, apresentando batas sem mangas, rasgadas de um lado, e uma série primaveral de túnicas e roupas claras estampadas com temas vintage.
Entre os suntuosos couros de tons cálidos caramelos, estava um casaco de camurça azul asteca. O laranja intenso, característico da casa, reunia-se com um violeta forte. Apresentou também calças cheias, de estilo "harém", que se amarram ao joelho, alternadas com longas saias plissadas, em uma tendência que se confirma para o próximo verão.
As sandálias, refinadas e simples, são de salto baixo e alto, de uma cor ou de várias, e são usadas com meias.
Yoshiyuki Miyamae, estilista de 35 anos que acaba de ser nomeado diretor de prêt-à-porter feminino da casa japonesa Issey Miyake, soprou o vento do otimismo em sua primeira coleção.
Após o trauma do terremoto seguido de tsunami que atingiu seu país em março, ele quis fazer alusão à renovação, através da narração de uma mulher-flor, fazendo sua coleção evoluir do botão até a abertura total da flor.
Começando com calças beges, e passando por tons pastéis, desembocou em diferentes tons amarelos e caramelos, azul marinho ou turquesa, em roupas e combinações que se movem generosamente ao menor movimento, em uma mistura entre tecidos tradicionais e ultrasofisticados, algo que é uma especialidade da casa.
O programa de John Galliano anunciava a passagem do cinema em preto e branco à cor, e lembrava a estrela do cinema mudo Mary Pickford, inspiração recorrente para o fundador da casa (propriedade de Dior) destituído em março, que teria dito: "acrescentar o som é como pintar os lábios da Vênus de Milo".
Para o dia, a marca propõe quadrados e estampados, saias plissadas ou calças curtas. Casacos cremes, jaquetas de linho bordado, blusas brancas são usadas com saltos laqueados e meias. Chega a cor, menos convincente, em forma de pastéis: bermuda verde mar e roupas com babados em cascata, algumas vezes bordadas de cristais.

Filho de Carlinhos de Jesus é enterrado no Rio

O corpo do cantor Carlos Eduardo Mendes de Jesus, o Dudu de Jesus, do grupo Samba Firme, foi sepultado na manhã de hoje no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro. Ele era filho do dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus. Dudu de Jesus, que tinha 32 anos, foi assassinado na madrugada de ontem em Realengo, na zona oeste.
Cerca de 200 pessoas estiveram no cemitério. Foram cantados em coros diversos sambas, entre eles "O Show Tem que Continuar", do grupo do Fundo de Quintal. O caixão foi coberto com a bandeira da Estação Primeira de Mangueira, escola de samba pela qual ele torcia.

"Estou muito abalado, mas gostaria de agradecer a presença de todos. Ele era muito querido, gostava de tocar, cantar, namorar", disse Carlinhos de Jesus, com o neto Juan, de 8 anos, filho de Dudu, no colo.
Entre os amigos de Carlinhos de Jesus, participaram do velório e do enterro o cantor Neguinho da Beija-Flor , a bailarina Ana Botafogo e o ator Antônio Pitanga.

CORINTHIANS COM A MÃO NA TAÇA

 Numa virada épica, com o primeiro gol do Imperador, Corinthians supera o Atlético-MG no Pacaembu a duas rodadas do fim. Galo ainda corre risco

A República Popular do Corinthians virou Império neste domingo. Graças a um gol salvador de Adriano, aos 43 minutos do segundo tempo, o Timão venceu o Atlético-MG por 2 a 1, de virada, e ficou ainda mais perto do título do Campeonato Brasileiro. Foi o primeiro gol do Imperador com a camisa alvinegra.
O jogo estava perdido até os 32 minutos da etapa final, quando Liedson, enfim, fez valer a pressão que o Corinthians exerceu durante a partida inteira sobre um retraído Atlético-MG, que abriu o marcador em jogada ensaiada. No fim, valeu a raça, a determinação e a estrela de um jogador que carrega nuvem de desconfiança sobre ele.
GALERIA DE FOTOS: Veja as imagens do jogo no Pacaembu
Com o triunfo, o líder Timão mantém dois pontos de vantagem sobre o vice-líder Vasco (67 a 65) e pode ser campeão já na próxima rodada. O Atlético-MG, que com vitória ou empate escaparia de vez do rebaixamento, continua com 42 pontos e ainda corre o risco de cair para a Segunda Divisão em 2012.
 O próximo jogo do Corinthians é contra o Figueirense, domingo, em Florianópolis. O time catarinense está firme na briga por uma vaga na Libertadores. Já o Atlético-MG recebe na Arena do Jacaré o Botafogo, que também sonha com classificação para a Libertadores.



Posse de bola = poucas chances
Muita posse de bola (64%) e poucas chances. Esse foi o resumo do Corinthians no primeiro tempo do duelo com o Atlético-MG. Embora tenha tido o domínio da partida, o Timão pecou na hora de finalizar. Desperdiçou muitas faltas na barreira, chutou longe do gol e sentiu a falta de um centroavante – Liedson pouco fez.
Fora os três primeiros minutos, nos quais pressionou o rival no campo de defesa, o Atlético-MG deixou bem clara a sua postura: marcar, marcar e marcar. Não à toa, ao final da etapa inicial, a equipe de Cuca já somava 25 desarmes. Apesar de não ter criado quase nada, dentro de sua proposta o Galo obteve sucesso.
Com marcação individual de Pierre em Danilo e de Carlos César em Paulinho, o Atlético-MG inibiu duas importantes peças do Timão. O destaque corintiano nos primeiros 45 minutos, então, foi Willian. O atacante estava pilhado. Ajudou a defesa quando preciso, não poupou carrinhos, mas finalizou pouco (e mal!).

Sem conseguir driblar a boa marcação dos mineiros, o Corinthians tentou algumas vezes em cobranças de falta. Só que o Timão parece precisar de mais treinamentos de bola parada. O goleiro Renan Ribeiro não teve trabalho em nenhuma delas. Pior ainda: o defensor só teve real trabalho em cabeçada contra de Serginho.
Do outro lado, Julio Cesar também viu o primeiro tempo de camarote. À exceção de alguns poucos lampejos do Galo, nenhum deles muito perigoso, o goleiro corintiano não teve trabalho. Não poderia ser diferente, diante da postura defensiva adotada pelo Atlético-MG no jogo deste domingo no Pacaembu.

Imperador salva
As duas equipes voltaram sem alterações para a segunda etapa. E o Corinthians, soberano no primeiro tempo, foi logo para cima do Atlético-MG. Novamente com o “pilhado” Willian. O atacante girou na direita e bateu de fora da área. A bola passou bem perto do gol de Renan Ribeiro, que olhou e torceu para ir pela linha de fundo.
A impaciência tomou conta cedo da torcida do Timão, que aos nove minutos, depois de um erro de Danilo, pediu a entrada de Alex. Enquanto comemorava que Tite havia chamado o meia para entrar, uma ducha de água fria foi jogada na Fiel: gol do Atlético-MG, aos dez minutos.

Em jogada ensaiada, Bernard acionou Richarlyson. O lateral tocou para Daniel Carvalho fazer o cruzamento na cabeça de Leonardo Silva, autor do gol. Irritada, então, a torcida do Corinthians vaiou a saída de Danilo. E se irritou mais ainda aos 22 minutos, quando Tite tirou Willian para entrada de Adriano.
Ainda dono de melhor posse de bola, o Timão partiu para pressão em cima do Galo, cada vez mais com postura defensiva. Aos 23 minutos, Renan Ribeiro fez uma linda defesa em bonito chute de Alex e evitou o empate. Mas a pressão do Timão seguia. E o nervosismo aumentava a cada minuto e a cada cera dos mineiros.
 

Sem força na criação, o Atlético-MG tentou esfriar a pressão dos donos da casa com “cai cai” e alterações. Mas não teve sucesso. O Corinthians não desistiu e empatou a partida aos 32 minutos. E na jogada mais feita no jogo: após cruzamento na área, Liedson completou de cabeça, empatando o jogo. O resultado já recolocava o Timão na liderança do Brasileirão.
Mas a Fiel queria mais. E a virada veio, de forma espetacular: aos 43, Emerson deu uma arrancada de 43 metros no contra-ataque e serviu Adriano, que invadiu a área e bateu cruzado, de esquerda, sem chance para o goleiro Renan Ribeiro. Foi o primeiro gol do Imperador pelo Timão. E justamente num momento crucial do Brasileirão. Coisa de quem tem estrela.