quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Governo ficou 'muito satisfeito' com aprovação da DRU, diz Ideli

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou que o governo ficou "muito satisfeito" com a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga até 2015 a vigência da Desvinculação de Receitas da União (DRU). A proposta ainda precisa ser votada em segundo turno no plenário. O projeto foi aprovado em primeiro turno na tarde desta quinta-feira (8).

"Estamos muito satisfeitos. O governo, a presidente Dilma me pediu especialmente que eu pudesse vir agradecer a todos os líderes, senadores e senadoras, porque esta foi uma semana de votações importantíssimas para o país. [...] Estamos em público aqui agradecendo, porque diferente de outros governos, que não estão tendo ajuda de seus parlamentos, o Brasil tem uma parceria positiva, benéfica", disse a ministra, que percorreu o plenário do Senado agradecendo aos líderes pela aprovação da proposta.
Ideli afirmou que as aplicações das receitas permitidas por meio da DRU serão definidas pelo próprio Congresso, durante a votação da proposta orçamentária. Considerada prioridade pelo governo, a DRU dá liberdade ao Executivo para gastar como quiser 20% das receitas orçamentárias - em 2012, esse percentual corresponderá a R$ 62,4 bilhões, segundo o Ministério do Planejamento.

"As aplicações das receitas que a DRU permite alocar em outras áreas serão aprovadas no Orçamento. Então, votado o segundo turno da DRU, teremos condições de aprovar o Orçamento onde todo o Congresso estará votando onde os recursos serão colocados. Ninguém vai colocar dinheiro onde quiser, mas sim onde o Congresso Nacional aprovar", afirmou.

Desde terça (6), a ministra transferiu seu gabinete temporariamente para a liderança do governo no Senado, a fim de convencer os parlamentares a não assinarem emendas que pudessem atrasar a tramitação da DRU. Segundo Ideli, a negociação não envolveu nomeações por cargos ou liberação de emendas parlamentares que, segundo ela, devem ser empenhadas, em parte, até o final do ano.

"Fizemos aqui uma negociação política de altíssimo nível em termo de matérias que são relevantes para o país [...] Com relação a emendas, são uma reivindicação legítima dos parlamentares. E como todo o ano, as emendas acabam sendo empenhadas, numa proporção, até o dia 30 de dezembro. E vai acontecer normalmente como acontece todos os anos", diz.